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domingo, 6 de janeiro de 2013

Primeiro ato



Tudo começou quando finalmente me vi terminar o ensino médio. E agora José? O que seria da minha vida dali para frente? O ensino médio é a época de mais incertezas e inseguranças eu acredito. Você se faz milhões de perguntas, em um pequeno espaço de tempo, e que nem sempre é o suficiente para te trazer respostas. O que fazer? O que cursar? Qual minha vocação? Onde fazer? O que deixar para trás? Enfim, muitas perguntas. A única resposta que tinha na minha cabeça era: psicologia. Um amor por essa profissão que nem eu mesma conseguia entender, eu simplesmente a conheci e me apaixonei. Decidi que seria isso que faria da minha vida. Seria uma mediadora das dores da alma. O fim veio antes de alguma resposta de vestibular. Então, passei por aquele tempo traumático de: “não sou nada! Não estou mais na escola, não trabalho, e não estou na faculdade!” Okay... Por mais que eu estivesse gostando da folga- “Ah! Jesus! É tão bom esse ócio!”- a ansiedade de não saber o que seria dali pra frente era angustiante.  O resultado do vestibular finalmente sai: aprovada em psicologia. Agora era só festejar, planejar, estudar e ser feliz, certo?

Não! Não é bem por ai!

Na cidade onde eu morava, não havia o curso dos sonhos. Portanto, eu havia passado em dois vestibulares, em outros lugares, não tão pertos assim de casa. Minha mãe olhava para mim, via a “filhinha” de apenas 16 anos, muitos sonhos, querendo sair de casa, morar sozinha e estudar fora. E o que ele achava disso? Não a agradava nada.

Insistência é uma palavra fundamental quando se almeja algo. Insisti. Insisti. Insisti. Ouvi alguns nãos, alguns talvez, alguns “Me deixa pensar” e até mesmo alguns “ Me deixa em paz”. Cheguei muito perto de desistir, abrir mão daquele sonho, e acreditar que não daria certo. Nem preciso falar que perdi alguns quilos e ganhei algumas olheiras com isso né?

Eis que, alguma luz – que provavelmente veio do céu- ilumina a cabeça da minha mãe, e dá a credibilidade dela acreditar que já havia me “criado”para enfrentar o mundão lá fora. E foi assim que vim parar na capital do Maranhão. São Luís! Cidade história, berço de uma cultura única, do bumba boi, das praias. E que por mais que tivesse- e tem ainda- muitos defeitos, eu conseguia enxerga-la através da música de Carlinhos Veloz:

“Que ilha bela que linda tela conheci
Todo molejo todo chamego coisa de negro que mora ali
Se é salsa ou rumba balança a bunda meu boi
Deus te conserve regado a reggae Oi oi oi oi
Que a gente segue regado a reggae Oi oi oi oi.”

Vim pra cá com uma bagagem enorme, mas de sonhos e esperanças. Planejei meu futuro por horas e horas dentro do ônibus, dentro do novo quarto, sonhei até mesmo o que parecia inimaginável. Vi uma realidade nova bater a minha porta.

E foi aqui, onde comecei sozinha, que encontrei pessoas especiais que fizeram a tarefa de morar longe de casa, parecer tão mais fácil. Principalmente essa minha companheira de casa, de classe, de emprego, enfim, de jornada: Hany. Um pouco minha mãe aqui, mas sobretudo amiga.  Enfim, é aqui onde nossas histórias se cruzaram, talvez para nunca mais se desalinharem.

Assim esperamos pelo menos.

Primeiro ato.



Talvez essa não seja a melhor forma de começar a contar minha historia, nunca fui boa com datas e nem com primeiras pessoas no singular, sempre escrevi em um universo paralelo de tempo e espaço, mais lembrei de uma frase que li em algum lugar, que pessoas comuns é que mudam o mudo, e eu sou comum, sempre fui melhor com palavras escritas do que com palavras faladas, e meu interesse nas pessoas foi diminuindo ao longo do tempo, gosto da quietude dos espaços vazios e do silencio que sinto na alma que é cada vez mais raro.Mais vamos falar do que interessa, ou não dependendo do observador.
Sai de casa os 17 anos com a mala cheia de sonhos, aprendi cedo que se voce não aprende o que seus pais te ensinam com amor, voce aprende pela dor, a vida é dura meus caros, mais eu sempre tive muita sorte, morei em outras 2 cidades pra chegar até aqui, e depois de 2 faculdades inacabadas e um filho eu vim parar em São Luis, como papai costuma me falar a chance da minha vida. Em 2012 a minha vida mudou muito, aprendi a confiar nas pessoas e em mim mesma, conheci pessoas que vou levar pra vida toda, e uma delas e a Jaqueline, minha companheira de blog, de classe, de emprego, minha terapeuta, meu grilo falante, e por fim minha família aqui. A gente se conheceu na Ufma, ela com 16 anos, exatamente com os mesmos sonhos que eu sai de casa, eu com 21 e com muitas cicatrizes a serem curadas. Decidimos morar juntas e nos " casamos", não gente isso não e um relacionamento lésbico, mais garanto que tem muito amor envolvido.Achamos apoio e amor longe de casa, compartilhamos coisas e amigos, somos farinha do mesmo saco. Então decidimos criar o blog pra contar nossas " aventuras", que vai de culinária a psicologia, num piscar de olhos. Esse não é mais um blog, e sim nosso manual de sobrevivência de como viver bem com pouco, e de como ser feliz na melhor época da nossa vida. Por hora é isso, espero contar com vocês nessa rotina. 


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Psicochiliques?

Primeira postagem no psicochiliques! Transbordando alegria (:


Vamos começar, explicando um pouquinho sobre o que é tudo isso aqui...


No meio da modinha dos blogs, deve tá pensando “mais um, no meio de vários” né?

Pode até achar isso, mas a diferença está na essência. O blog foi idealizado em uma madrugada sem nada pra fazer, além de sonhar, claro. Na verdade sentimos uma necessidade de compartilhar com os psiamigos tantas aventuras, tantos conhecimentos novos, e até mesmo alguns draminhas. Afinal de que adianta ter tantas histórias, e ninguém para contar?

Duas aventureiras que abandonaram o conforto da casa, mãe, roupa lavada, comida feita, e saíram do interior para uma capital em busca de um sonho. Duas estudantes de psicologia que decidiram compartilhar com todo mundo suas ideias sobre tudo. Amor, paixão, desilusão, dificuldades, dinheiro - ou a falta dele - moda, maquiagem, culinária, enfim, vamos falar sobre a vida, compartilhando nossas aventuras, loucuras e aprendizado. Vamos ensinar o que aprendemos, dar dicas e até mesmo arriscar arrancar alguns sorrisos por ai. ( roubando a descrição do blog lalalala)

Aqui tudo é permitido. Vamos falar de tudo o que der na telha! É só um espaço pra compartilhar pensamentos, ideias, e quem sabe, uma inspiração pra você que lê.

Sejam bem-vindos ao nosso mundo de Psicochiliques.

Hany Galvão & Jaqueline Rossi.